Proclamação da República
Breve estudo do evento históricoPublicada por Gosp
Publicada em 04/11/2022
A Proclamação da República aconteceu em 15 de novembro de 1889, sendo o evento histórico que marcou a queda da monarquia e a instauração da República Federativa Presidencialista no Brasil.
O personagem de destaque desse movimento foi o Marechal Deodoro da Fonseca, herói da Guerra do Paraguai (1864-1870), que apesar de ser monarquista declarado e amigo de Dom Pedro II, foi o responsável pela Proclamação da República, liderando a derrubada do gabinete ministerial na conspiração contra a monarquia.
O que causou a Proclamação da República foi a crise do Segundo Reinado, que contemplou questões dentro de áreas fundamentais para o trono de D. Pedro II, tais como: a Igreja Católica e seu descontentamento com a interferência de D. Pedro II em questões eclesiásticas; o Exército que se sentia frustrado com o Imperador, por sua proibição de manifestações públicas contra a monarquia; Os Grandes Proprietários que eram republicanos e se sentiam insatisfeitos com o fim da escravidão; e a Classe Média Urbana, que estava em ascensão e viu no regime republicano uma chance de ter mais participação política.
Apesar de Dom Pedro II contar com o apoio popular, seu governo deixou de ser eficaz, falhando na missão de conter a crise do final do século XIX e de atender às expectativas da sociedade brasileira. Um dos grupos mais insatisfeitos foram os militares, que após a Guerra do Paraguai, quando o exército se estabeleceu como instituição profissional, passaram a se concentrar na defesa de seus direitos.
Não só isso, mas os militares também atuaram em sua principal frustração, exigindo o direito de manifestar publicamente suas opiniões políticas, o que gerou ainda mais conflito com Dom Pedro II, que recusou sua participação no cenário político. Além disso, havia demandas entre os militares para que o Brasil se tornasse um país laico, que também foram ignoradas pela monarquia.
Desta forma, os militares inspirados nos ideais positivistas e na sua convicção de que, devido ao sucesso da Guerra, deveriam ser considerados "salvadores da pátria", a Proclamação da República resultou de um golpe liderado pelo exército e aderido pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que foi essencial para que a proclamação acontecesse.
Assim, em 15 de novembro de 1889, Marechal assumiu a liderança dos republicanos no exército e comandou as tropas que derrubaram a monarquia, depondo Dom Pedro II. Com isso, os militares chegaram ao poder e dominaram a política brasileira nos primeiros anos da República, enquanto o marechal se tornou o primeiro presidente do Brasil.
A Maçonaria esteve presente durante o Governo Provisório Republicano, já que o Presidente, Marechal Deodoro da Fonseca, o Marechal Floriano Peixoto, que era o Vice-Presidente, e os ministros, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e Almirante Eduardo Wandenkolk, todos presentes na nata governante da República, eram membros regulares da Ordem.