Conheça o Rito de York

Irm. Alexandre Hussni Secretário de Orientação Ritualística Adjunto para o Rito de York do Grande Oriente de São Paulo.

 

Perde-se no tempo as origens da Maçonaria, mas a forma como hoje a conhecemos tem datas e registros precisos, ainda que não sejam exatamente datas de início, mas de quando novas situações foram formalmente estabelecidas.

A Bíblia é o Livro Sagrado presente em todas as Sessões das Lojas jurisdicionadas a Obediências que têm os “Oito Pontos de Regularidade” da Grande Loja da Inglaterra como referência e merece um estudo especial sobre os motivos de assim o ser.

Pensar na Maçonaria em geral, e seus Ritos em particular, é também fazer um exercício histórico, além de outras considerações como, por exemplo, debruçar-se sobre seus aspectos, procedimentos ritualísticos, lendas...

A nomenclatura “de York” tem origem na lenda de Athelstan e na cidade de York (olha as lendas aí...). 

O Rito de York, também chamado de Rito Inglês Antigo (ver “O Nosso Lado da Escada”, de Irm. João Guilherme, Cop Editora, 2ª edição, 2015 – vale ler cada linha!), Americano, ritual das Blue Lodges, é o mais praticado no mundo e tem suas origens nos rituais dos antigos, anteriores à fundação da primeira Grande Loja (1723). Faz referência ao período da Maçonaria da época em que não havia a organização tal qual a conhecemos hoje, sem a existência de uma organização central de Grão-Mestres. Isso explica alguns aspectos de seus rituais. Mas, é claro, são apenas referências, pois na prática, nossas Lojas são jurisdicionadas a uma Obediência que tem um Grão-Mestre como líder.

Com estas referências à Maçonaria Antiga os rituais “viajaram” aos Estados Unidos, onde está a grande maioria dos Maçons do mundo. Estes rituais não passaram pelas mudanças dos rituais ingleses.

O Rito Inglês Moderno (novamente, ver “O Nosso Lado da Escada”, de Irm. João Guilherme, Cop Editora, 2ª edição, 2015) chegou primeiro ao Brasil, no século XIX. Os rituais das Blue Lodges chegaram ao Brasil em tempos bem mais recentes. Têm particularidades que encantam (sim, encantam, assim melhor consigo expressar desde quando o conheci) pela simplicidade e pela forma como explica os “porquês” das práticas de outros ritos.

Faço um convite aos Irmãos para que conheçam e participem, com alguma frequência, de Sessões de Lojas praticantes do Rito, para que conheçam e reconheçam as semelhanças que elucidam, o que somente acontece após vencidas as etapas de superar as diferenças, que são as primeiras a se apresentar! Como é difícil, inicialmente, adotar procedimentos tão diferentes daqueles que estão tão arraigados em nossos costumes.

São nossos princípios mais importantes: o Amor, o Amparo e a Verdade. 

Espero que este breve colóquio estimule o leitor a conhecer nosso Rito, em sua história e em suas práticas. Bem como, independente do Rito que pratique, em sendo Mestre, venha conhecer nossos Altos Graus, a começar por um Capítulo de Maçons do Real Arco, cujos aprimoramentos seguem uma linha tão singular, tão original, de narração.

Fraterna e Sinceramente,

Irm. Alexandre Hussni

Secretário de Orientação Ritualística Adjunto para o Rito de York do Grande Oriente de São Paulo.

 

Autores sugeridos: Irmãos João Guilherme C. Ribeiro, Joaquim da Silva Pires e Kennyo Ismail.